Romeu, Romeu... onde estás tu Romeu?
- Stuart

- 31 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Com esse título um pouco chamativo e clichê, espero que vocês já saibam do que eu vou falar e, sim, vai ser sobre Romeu e Julieta. Porém, ao invés de iniciar falando sobre o nosso querido Shakespeare, vou falar sobre outra obra conectada intrinsecamente com a história original e é Julieta da escritora Anne Fortier.

Quando eu iniciei a história, não me pareceu que ia me convencer. Afinal, mais uma história de uma moça jovem e sozinha que não tem sorte no amor? Poxa, até parece que não conheço esse tipo de enredo. Mas, aparentemente, eu ando errando muito quando se tratando em adivinhar enredos porque essa história é muito maior do que uma história de amor, o que eu acho que refletiu muito na minha leitura de Romeu e Julieta, porque estamos falando de famílias, intrigas e mistérios. E são essas intrigas e mistérios que me instigaram a continuar e continuar lendo até que finalmente cheguei em um fim maravilhoso (ainda bem) e respirei fundo, muito feliz com a minha leitura.
Julieta é uma obra que trata sobre origem de nascença, sobre heranças que carregamos mais na nossa alma do que fisicamente, também trata sobre amor - e nem sempre esse amor é o amor romântico. O interesse nessa história é que por mais que você acredite que entendeu tudo que está acontecendo, de um momento para outro a história muda completamente. Eu não vou ser a que vai dar spoilers aqui, não, mas recomendo muito mergulhar nessa história de braços abertos se você gosta de sentir aquela agitação no estômago enquanto tenta desvendar o que está por trás de todo o drama da história.
E, claro, o melhor que pude tirar desse livro foi a vontade ridícula de ler Romeu e Julieta, de realmente conhecer o que o dramaturgo inglês escreveu sobre esse casal italiano e por que é uma história de amor tão impactante que ainda produz impacto na sociedade atual.
Apesar de não concordar com todos que dizem "não sei por que alguém gostaria de viver uma história de amor que nem de Romeu e Julieta", porque, bem, eles morrem, eu também entendo que é meio ridículo para nós, na era da pós-modernidade e o caralho a quatro pensarmos em amores que poderiam levar a nossa vida.
O detalhe que ninguém gosta de falar é que não houve apenas essa trágica morte ao fim. Toda a intriga familiar e de poder que é apresentado por Shakespeare faz a gente pensar no quanto duas famílias não estavam se importando tanto com o bem-estar dos seus "pequenos", e sim, com o quanto poderiam dominar mais o povo, o dinheiro, o lugar.
Claro que não me surpreendi com o fim, porque todo mundo já sabe de trás pra frente essa história, mas o mais interessante foi que eu fiquei surpresa com o que, realmente, acontece no fim: as famílias meio que percebem que a briga foi algo um tanto estúpido. Pessoas morreram. Poder nenhum foi conquistado além do já obtido. Nenhum casamento foi efetivado e nenhuma aliança selada. O aprendizado é, na minha opinião, que destruição aguarda aqueles que só sabem pensar no bem para si acima de tudo. Mas, claro, é apenas uma história ficcional.
Confesso que fico chateada quando lembro que Romeu e Julieta morrem, porque é tão estúpido que chega a ser um pouco engraçado. É, entretanto, uma história para se desfrutar (e bem rapidinha, por sinal), assim como Julieta.
Seguem aqui algumas indicações de composições para se ler e apreciar que são baseados nessa fatídica história de amor:
The Killers - Romeo and Juliet (https://www.youtube.com/watch?v=NtmorUXAwiI&list=RDNtmorUXAwiI&index=1):

Letters to Juliet (filme ótimo com a Amanda Seyfried, bem bom pra assistir fim de dia comendo uma bobagem deitada na cama cheia de cobertas - só uma dica):

Uma adaptação da história mesmo, de 1968 (esse foi o único que me aventurei a assistir, ainda não tomei corando de ver Leonardo DiCaprio. talvez ainda aconteça):

E para perder o clima de seriedade, uma animação muito engraçadinha de 2011:

Espero que você reconsiderem a história de amor de Romeu e Julieta como tão romântica ou tão trágica. Não sejamos tão intensos quanto eles. É uma excelente história sobre poder, amor e intriga de família (e, sinceramente, entendemos disso né?).
Vou voltar com mais leituras de Abril - sim, essas são leituras de Abril ainda - e com as leituras de Maio também. Com leituras, sempre.





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